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16 de mar. de 2013

CONVERSA RÁPIDA DE FINAL DE ANO



Conversa Rápida de Final de Ano
*Juarez Chagas

          Como último artigo deste ano de 2012, ao invés de abordar um dos temas que, costumeiramente escrevo para nossos leitores do JH, preferi ter uma conversa rápida com todos aqueles e todas aquelas que nos acompanharam durante este Ano, politicamente cheio de decepções em todas as esferas dos poderes, tenham sido eles judiciário, legislativo ou executivo, assim como também em todos os níveis, tenha sido municipal, estadual ou federal.
         
Esta rápida conversa é apenas para além, claro, de desejar um melhor próximo Ano, dividir também um pouco as esperanças e decepções que, não têm sido poucas, para nossa sociedade. Fosse eu citar aqui os escândalos (entenda-se APENAS os que a população tomou conhecimento ou APENAS os que a mídia se dignou a publicar) não haveria espaço pra outro assunto, infelizmente.
         
Entretanto e, lamentavelmente, mesmo numa conversa rápida e sem querer desanimar ninguém, não consigo calar diante de certos absurdos, como por exemplo, o novo “aumento” do salário mínimo.
           
Primeiro porque quem cala, consente e segundo, no mínimo somos complacentes quando fingimos que não vemos, não ouvimos e não percebemos quando algum ato denigre e diminui o ser humano, considerado comum (confesso que não sei que deu esse conceito de “ser humano comum”...)         
         
Não vou me delongar sobre o assunto pra não demonstrar a indignação além deste artigo. Quero terminar o Ano em paz, mas não compreendo e nem aceito, como nossos políticos e demais poderes constituídos que, absurdamente aumentam seus próprios salários, votam na proposta de  R$ 622,00 reais para o salário mínimo da maioria da população de nosso país! Depois ficam, hipocritamente, discorrendo, tentando justificar o “impacto” que R$ 50 reais teria para o orçamento da União. Durma-se com um “silêncio” deste!!
         
O que dizer do judiciário e dos parlamentares que aumentam descabidamente, aleatoriamente, irresponsavelmente (não poupe adjetivos!) seus próprios salários?! É só ouvir a voz do povo, excluindo os próprios beneficiados deste universo, claro.
          Mas, caro leitor e cara leitora, não consegui evitar ao que me propus quando comecei a escrever este artigo ou esta conversa ortográfica. Gostaria apenas de entregar-lhe minha mensagem de Ano Novo com apenas uma pergunta para vocês, a qual não precisam responder a mim, mas a você mesmo: “o que você tem feito para tornar o mundo melhor?!”
        
Feliz 2013 para todos e todas, especialmente rente de saúde e esperança, bens que dependem, quase que exclusivamente de nós mesmos.

*Professor do Centro de Biociências da UFRN