O Corpo Oculto
Receber elogios e críticas sobre seu trabalho significa estímulo e reconhecimento, muito embora, às vezes, haja exagero de um lado ou de outro. Porem, receber elogios de amigos que acompanham seu trabalho de perto, é algo mais significativo ainda. Por essa razão, transcrevo, na integra, o comentário de meu amigo Carlos Sizenando, professor da UFRN e também escritor que, embora tenha exagerado no elogio, merece o registro:
Sobre o livro de Juarez Chagas: O Corpo Oculto.
“Sem pressa para não engasgar, degustei cada molécula do seu “O Corpo Oculto” e adianto que tem potencial para chegar às telas do cinema.
Como um autêntico diretor e roteirista de filme noir, você tem todos os personagens na mão. Mergulha na mente de cada um deles, expressa seus sentimentos com maestria e, como “um vento forte que surge de repente” simultaneamente já conduz à cena seguinte. Constrói pouco a pouco, uma teia aparentemente desconexa, convidando e já nos transformando em personagem coadjuvante. Sim, porque somos instigados a imaginar saídas para que o bem vença o mal.
Como nos grandes clássicos de ficção da literatura, você é detalhista e perfeccionista: nos convence que Bela Vista e Rio Azul são reais; nos envolve ao som da belíssima Vozes da Primavera, a valsa Opus 410; nos faz sentir no osso o frio de uma noite sombria. Nos mutila o corpo e nos faz apaixonados no momento seguinte.
Esta obra é quase uma autobiografia, uma vez que de alguma forma você lembra o menino que ouvia Jerônimo, desenhava e colecionava histórias em quadrinhos. Comia pipoca enquanto os olhos brilhavam diante dos trapezistas no espetáculo circense na Praça Tamandaré. Prestigia as artes marciais de Bruce Lee com efeitos especiais de Matrix e X Man. Contorna a rebeldia de James Dean e o Pop-Rock de Bob Dylan. Passeia sutilmente pela SCBEU, reverencia os grandes nomes precursores das anatomias humana e comparada. Caminha pelos corredores, contempla quadros e fotos em preto e branco das turmas do nosso CB/UFRN. Brinca de esconde-esconde com a morte, numa combinação de Tanatologia, Ghost, espiritismo e Love Story. E chega, finalmente, a sua fase psicológica, vivenciando dramas existenciais de seus personagens. Tudo isso reunido coerentemente num formato ágil entre o seriado 24horas (Jack Bauer – em tempo real) e Edgar Allan Poe.
O clima e paisagens européias sugerem suas andanças por terras lusitanas. E mesmo que você não compartilhe o rótulo de poeta, a leveza como escreve é poesia pura, recheada de toques de classe, como em “Pitágoras (...) finge estar limpando o quadro de Rembrandt”. Genial.
Confesso que às vezes confundi os nomes de Stanley com Spencer. E ainda Celine com Clarice. É verdade que em algum momento o sangue respingou em mim. Imaginei que o delegado fosse desvendar algum mistério no plano terráqueo. Mas o melhor ficou para o fim.
Sabe aquela situação em que nós professores estamos corrigindo a prova de um aluno aplicado, que vem acertando todas as questões – você torcendo por ele – e no final ele erra a última? Ou um filme legal cujo final lhe decepciona? Pois bem, você me criou uma grande expectativa e eu temi que o desfecho final não estivesse à altura. Pois foi exatamente aí que, definitivamente, você revelou todo o talento de um escritor completo.
E se alguém duvida como um escritor foi capaz de reunir tantas variáveis em uma aventura romântico-ficcionista, Sherlock Holmes certamente responderia: “Elementar, meu caro Watson, isto é obra de Juarez Chagas!”. (Carlos S.R.Pinheiro)”.
*Juarez Chagas
Receber elogios e críticas sobre seu trabalho significa estímulo e reconhecimento, muito embora, às vezes, haja exagero de um lado ou de outro. Porem, receber elogios de amigos que acompanham seu trabalho de perto, é algo mais significativo ainda. Por essa razão, transcrevo, na integra, o comentário de meu amigo Carlos Sizenando, professor da UFRN e também escritor que, embora tenha exagerado no elogio, merece o registro:
Sobre o livro de Juarez Chagas: O Corpo Oculto.
“Sem pressa para não engasgar, degustei cada molécula do seu “O Corpo Oculto” e adianto que tem potencial para chegar às telas do cinema.
Como um autêntico diretor e roteirista de filme noir, você tem todos os personagens na mão. Mergulha na mente de cada um deles, expressa seus sentimentos com maestria e, como “um vento forte que surge de repente” simultaneamente já conduz à cena seguinte. Constrói pouco a pouco, uma teia aparentemente desconexa, convidando e já nos transformando em personagem coadjuvante. Sim, porque somos instigados a imaginar saídas para que o bem vença o mal.
Como nos grandes clássicos de ficção da literatura, você é detalhista e perfeccionista: nos convence que Bela Vista e Rio Azul são reais; nos envolve ao som da belíssima Vozes da Primavera, a valsa Opus 410; nos faz sentir no osso o frio de uma noite sombria. Nos mutila o corpo e nos faz apaixonados no momento seguinte.
Esta obra é quase uma autobiografia, uma vez que de alguma forma você lembra o menino que ouvia Jerônimo, desenhava e colecionava histórias em quadrinhos. Comia pipoca enquanto os olhos brilhavam diante dos trapezistas no espetáculo circense na Praça Tamandaré. Prestigia as artes marciais de Bruce Lee com efeitos especiais de Matrix e X Man. Contorna a rebeldia de James Dean e o Pop-Rock de Bob Dylan. Passeia sutilmente pela SCBEU, reverencia os grandes nomes precursores das anatomias humana e comparada. Caminha pelos corredores, contempla quadros e fotos em preto e branco das turmas do nosso CB/UFRN. Brinca de esconde-esconde com a morte, numa combinação de Tanatologia, Ghost, espiritismo e Love Story. E chega, finalmente, a sua fase psicológica, vivenciando dramas existenciais de seus personagens. Tudo isso reunido coerentemente num formato ágil entre o seriado 24horas (Jack Bauer – em tempo real) e Edgar Allan Poe.
O clima e paisagens européias sugerem suas andanças por terras lusitanas. E mesmo que você não compartilhe o rótulo de poeta, a leveza como escreve é poesia pura, recheada de toques de classe, como em “Pitágoras (...) finge estar limpando o quadro de Rembrandt”. Genial.
Confesso que às vezes confundi os nomes de Stanley com Spencer. E ainda Celine com Clarice. É verdade que em algum momento o sangue respingou em mim. Imaginei que o delegado fosse desvendar algum mistério no plano terráqueo. Mas o melhor ficou para o fim.
Sabe aquela situação em que nós professores estamos corrigindo a prova de um aluno aplicado, que vem acertando todas as questões – você torcendo por ele – e no final ele erra a última? Ou um filme legal cujo final lhe decepciona? Pois bem, você me criou uma grande expectativa e eu temi que o desfecho final não estivesse à altura. Pois foi exatamente aí que, definitivamente, você revelou todo o talento de um escritor completo.
E se alguém duvida como um escritor foi capaz de reunir tantas variáveis em uma aventura romântico-ficcionista, Sherlock Holmes certamente responderia: “Elementar, meu caro Watson, isto é obra de Juarez Chagas!”. (Carlos S.R.Pinheiro)”.
* Professor do Centro de Biociências da UFRN
4 comentários:
Belas falas do Sizenando, que conseguiu colocar em palavras todas as impressões que tive sobre seu livro, Juarez, e que eu não conseguiria verbalizar de forma mais apropriada.
Este depoimento precisava ser divulgado sim, e não é exagerado, muito pelo contrário, é bastante detalhado por alguém que conhece o autor.
Imagino que todos os seus leitores e fãs concordarão comigo, quando digo que esse roteiro um dia virá a ser transformado num filme de muito sucesso.
Fico esperando que continue a divulgação de seu livro, que percorra vários estados e, proporcione a muitas outras pessoas a oportunidade de conhecer Juarez Chagas e sua obra, para então aplaudi-lo de pé.
Mais uma vez, parabéns...
De uma grande fã sua.
Psicóloga
merecido elogio, Juarez. Seu livro mexe com algo profundo dentro da gente. Instiga, estimula.
Parabéns, mais uma vez.
Beijão
Um MESTRE falando de OUTRO, só poderia dá nisso!
Brilhante descrição Carlos Sizenando!
Juarez parabéns pelo seu livro é uma historia facinante quando canhei ele de vc mesmo no qual pra mim foi um encontro facinante não imaginei da riqueza que estava em minhas mãos.
Obrigado pelo presente, muito obrigado.
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