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9 de jul. de 2008

PSICOTERAPIA BREVE


Psicoterapia Breve, segundo Braier
(Publicado anteriormente no Jornal de Hoje)



Eduardo Alberto Braier é médico psiquiatra e psicanalista argentino que tem um excelente trabalho, no campo da psicoterapia breve, o qual merece registro. Dentre seus trabalhos, estudos e pesquisas, destaca-se Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica (Martins Fontes, 3ª edição, 1997).

A importância de se falar sobre este livro é justamente a abordagem da dificuldade e, muitas vezes polêmica, para o leigo, sobre a conotação do tratamento emergencial, de ordem psicanalítica, uma vez que sabemos serem os tratamentos psicanalíticos, por essência, demorados.

Independentemente de conceito ou aceitabilidade da Psicoterapia Breve, no mundo globalizado de hoje, é muito importante que admitamos que as psicoterapias de orientação psicanalítica, em especial as denominadas breves, ganharam importância diante da grande demanda de assistência psicológica, especialmente quando há grandes concentrações de pacientes com necessidade de atendimentos cada vez mais imediatos, tais quais nas empresas, hospitais e em outras instituições similares.

Vale salientar que o trabalho de Braier não é pioneiro, mas que o mesmo tem grande importância, especialmente na Argentina, onde trabalha e tem percorrido todo um caminho, desde que, depois de muita relutância e resistência pelo novo, a PB passou a ser vista com bons olhos, até mesmo pelos mais exigentes psicanalistas consagrados. Braier, por sua vez, chama a atenção para a questão histórica da Psicoterapia Breve, onde os primeiros tratamentos efetuados pelo próprio Freud, em sua fase pré-analítica, eram de certa forma, terapias breves, durando apenas alguns meses. Isso porque hoje, está claro que, inicialmente o fundador da Psicanálise, buscava curas rápidas focalizadas para a solução de determinados conflitos e sintomatologia dos pacientes.

Um dos exemplos que pode ser citado e, com resultados satisfatórios, foi o caso de O Homem dos Ratos, publicado em 1909, onde Freud diz que durou menos de um ano. Mas, também há controvérsias, pois Ferenzi, em 1916, fala sobre a necessidade de uma psicoterapia breve, sendo de pronto, repreendido por Freud, o qual dois anos depois, sugere uma psicoterapia de base psicanalítica, a qual pudesse responder às necessidades assistenciais da população e, aí nesse momento, o que poucos sabem ou admitem é que o próprio Freud propõe que se combinem recursos terapêuticos da análise com outros métodos.

Mas, Freud à parte, é bom deixar claro que Psicoterapia Breve de orientação psicanalítica é algo, tecnicamente, bastante diferente do termo “psicanálise breve”. Nisso o autor, faz questão de enfatizar. Braier ainda enfatiza que alguns nomes confundem não somente o leigo, mas estudiosos do assunto, quando atribuem sinônimos tais quais Psicoterapias de curta duração, Psicoterapia Focal, Psicoterapia Emergencial e outras atribuições que, embora tenham o mesmo sentido, diferem na técnica, particularidade e essência.
Uma coisa é certa: o que se busca na Psicoterapia Breve de orientação psicanalítica, segundo o autor, é, na medida do possível, solução dos problemas imediatos e o alívio sintomático, em sentido psicodinâmico, podendo-se valer do princípio de insight do paciente a respeito dos conflitos subjacentes.

O Autor, um psicanalista tradicional, a princípio, curvou-se às necessidades da temporalidade e globalização, sem ferir princípios éticos, como deixa a entender em seu livro. Vale a penas ler e, se possível, até mais de uma vez. Por outro lado, é importante admitir e saber ponderar que, nem tudo que é breve, tem breve solução.

ATHENEU NORTERIOGRANDENSE

ATHENEU
NORTERIOGRAN
DENSE
(Publicado no O Jornal de Hoje, em 09/07/2008)






Muito já se tem escrito sobre o Atheneu Norteriograndense. Ilustres professores, ex-alunos saudosos, pesquisadores, repórteres, escritores e historiadores. Não é por acaso que isso tem ocorrido (aliás nada é por acaso), mesmo após muitos e muitos anos de sua fundação e de seus tempos áureos culminado com sua imponência e importância no meio educacional do Estado e do País.

Eu posso dizer que, dentre tantos, fui um dos que teve o privilégio e a honra de ter sido aluno e professor do Atheneu Norteriograndense (na minha época escrevia-se assim mesmo, sem hífen...) e de ter vivido intensamente cada um desses períodos. Evidentemente com mais intensidade o primeiro, pois foram sete anos ininterruptos divididos em ginásio e científico completos, vivendo inesquecíveis experiências desde os bancos escolares, pelas lições aprendidas, às quadras do ginásio Sylvio Pedroza, defendendo suas cores nos esportes, assim como ao valoroso convívio com colegas e amigos, incluindo aí as reuniões no Grêmio Estudantil Celestino Pimentel (cuja cópia de proposta de sócio guardo até hoje nos meus arquivos). Tudo isso constitui parte de nossa vida escolar que jamais esquecerei.

Cinco anos depois de concluir os estudos e já ter concluído curso na Universidade, retorno ao Atheneu agora como professor de Biologia, dando aulas numa das salas que, inclusive sentei como aluno ainda nos velhos e bons tempos do mais famoso colégio público de Natal e, por que não dizer, do mais antigo colégio público do Brasil.

Historicamente falando, o Colégio Estadual do Atheneu Norteriogradense foi fundado em 1834, no Século XIX, quando o Brasil ainda era capitaneado e província, cabendo a Basílio Quaresma Torreão, então presidente da Província, fundar o mais antigo colégio público do país, fundado mesmo antes do Colégio D. Pedro Segundo, no Rio de Janeiro, o qual foi inaugurado em 1847, denominado Imperial Colégio de Pedro II, tendo sido oficializado por Decreto Regencial. Na verdade, os brasileiros que tiveram o primeiro ensino público e no primeiro colégio público fundado no Brasil, foram os norteriograndenses, um fato mais que histórico.

Inspirado na versão portuguesa, ATHENAION, do templo de Atenas (Deusa Minerva da sabedoria) Basílio também pretendia que assim fosse o Atheneu: A "Casa da Sabedoria”. Devemos admitir que, só o fato d’ele ter fundado o mais antigo colégio do Brasil, já foi um grande ato de sabedoria.

Após passar pelas sedes originais (1ª Situada no Quartel Militar - 1834 a 1859 e a 2ª situada na Rua Junqueira Ayres - 1859 a 1954) a sede definitiva e que conquistou a todos com sua beleza arquitetônica em forma de X é o prédio da Rua Campos Sales, inaugurado em 11 de Março de 1954, pelo então governador Sylvio Pedroza (com a presença de Café Filho), cujo ginásio de Esportes leva, honrosamente, seu nome. Há quem diga que, pela estética arquitetônica atual do Atheneu em forma de xis, haja aí uma ideologia militar por lembrar um dos símbolos do militarismo, com suas armas dispostas e cruzadas em X. Se é verdade ou não, permanece a especulação, porém por outro lado, o Atheneu sempre foi também um símbolo de resistência e local de reuniões estudantis de cunho político, determinantes para uma consciência política de Natal. O Atheneu foi também o primeiro colégio a reivindicar melhoria salarial para seus professores, em forma de protesto perante o Estado, o que é considerado por alguns historiadores a primeira idéia de greve da Educação no Brasil.

Até as décadas de 60 e 70, podemos afirmar que o Atheneu ainda era, senão o maior, um dos maiores destaques tanto no ensino, quanto no esporte, orgulhando a todos quantos o defendiam esportivamente ou nele estudavam.

Muitas autoridades e pessoas de destaque do nosso RN sentaram nos bancos do Atheneu e todos, sem excçao (dito pelos próprios) ainda hoje se sentem honrados e saudosos por terem estudado e tido grandes mestres como seus professores. A Governadora Wilma de Faria (só pra citar um) é um desses exemplos, constatado até em artigo escrito pela mesma, demonstrando seu afeto pelo famoso colégio onde recebeu sólida educação e amizade durante os anos em que lá estudou.

O Atheneu que eu conheci e no qual estudei é para mim, ainda hoje, referência e história que faz parte da minha vida. Lá tive excelentes e inesquecíveis mestres como Vicente de Almeida(Geografia), Ana Maria Concentino(História), Maria Helena da Hora (Inglês), Terezinha de A. Padilha (Matemática), Joana D’arc (Ciência), Bartolomeu Correia de Melo (Bartola) só pra citar estes e não ser injusto com os demais. Os Diretores que alcancei (pela seqüência) foram Crizam Siminéia, Marconde Mundi Guimarães e João Batista Varela, tendo sido a primeira a mais austera, exigente e educadora, porém igualmente protetora. Seu semblante fechando era um contraste com sua bondade.

A emoção é presente ao relembrar o velho Atheneu, pois tanto dentro quanto fora de seu espaço físico, sua história orgulha a todos, indistintamente. Atheneu existe apenas um!

ATHENEU EXISTE APENAS UM !


ATHENEU,
existe apenas um!
(Publicado no O Jornal de Hoje, em 25/07/2007)

“Atheneu existe apenas um
e como o Atheneu, não pode haver nenhum!
Atheneu! Atheneu! Atheneu!”


Quem estudou no Colégio Estadual do Atheneu NorteRiograndense, ou simplesmente ATHENEU, principalmente, nos anos 60 e 70 certamente lembra deste grito de guerra que soava nos ginásios, campos de futebol, pistas, quadras, piscinas e por onde os atletas estudantis, e sua eufórica e fiel torcida, defendiam com sentimento, garra e lealdade, o mais querido dos colégios nos áureos tempos das competições estudantis, um marco histórico, desportivo e social, da Natal daquela época. Nos desfiles dos Jogos Estudantis (dos quais tive a honra e prazer de participar e defender alguns), tambores e charangas faziam o publico vibrar eufórico, com o “incendiário” e animador refrão. Era a identificação entre torcida, atletas e todos os que faziam o grande Atheneu e, apreensão e aviso para os adversários, dentre os quais os mais ferrenhos eram o Marista, a Escola Domestica e a antiga ETFERN (atual CEFET).

Estudar no Atheneu, defender suas cores (tradicionalmente verde, branco e friso dourado) e ter seu nome cravado no peito era um orgulho impar, porem não uma das tarefas mais fáceis, naquela época. Entrar para o Atheneu requeria conhecimento, simplicidade e abnegação, a começar por uma difícil seleção pela qual o aluno deveria passar, para se tornar estudante do Atheneu: o exame de admissão, uma rigorosa seleção de conhecimentos gerais e específicos, comparado ao vestibular de hoje, para ingressar nas universidades publicas. O processo seletivo para ingressar no mais famoso colégio do Estado requeria passar no exame de admissão do Atheneu, uma proeza que igualava classes sociais através da capacidade e conhecimento, demonstrados por quem conseguia esse tão almejado intento. Era mais que uma conquista era um diferencial. A expectativa gerada pelo resultado era angustiante, gerando apreensão que só acabava com o resultado afixado nos murais do colégio com data e hora marcada, o que causava uma aglomeração de estudantes e familiares em grandes concentrações, na frente do colégio.

O ensino era de qualidade, pois tinha os mais entusiasmados professores e professoras (apesar do baixo salário), que também se orgulhavam de pertencer ao seu corpo docente e a um colégio de referencia nacional. O ambiente, a sincera amizade e coleguismo estimulavam os estudos e deveres transformando-os em objetivos a serem alcançados. Se não estivesse trajando o uniforme devidamente, levava repreensão e voltava pra casa sem aula. A Direção era rígida, exigente e vigilante e isso também fazia parte da vida escolar.
Falar sobre a educação do Estado, inclusive do Brasil, e não falar do Atheneu, constitui-se numa grave omissão, pois é, dentro de suas características peculiares, o colégio público mais antigo do Brasil, já caminhando para o seu bicentenário, uma vez que foi fundado em 1834, pelo presidente da província do RN, Basílio Quaresma Torreão.

Historicamente, passaram por seu quadro de professores ilustres mestres da sociedade potiguar, cujo notório saber e empenho, eram transmitidos através de seus conhecimentos e lições não apenas didáticas, mas também de vida. Dentre seus professores mais destacados, podem ser citados o historiador Câmara Cascudo, Clementino Câmara, Monsenhor da Mata, Floriano Cavalcanti, Dr. Sebastião Monte, Myriam Coeli, Djalma Maranhão, Protasio Melo, José Melquíades, Jose Guará, Crisam Simineia, Vincente de Almeida, apenas para citar os mais antigos. Por outro lado, sentaram em seus bancos escolares, alunos que tornar-se-iam famosos e bem sucedidos nas mais variadas profissões e posições sociais. Só governadores, o Estado teve quatro que foram alunos do Atheneu, a saber: Aluízio Alves, Geraldo Melo, Garibaldi Alves e a atual governadora Wilma Maria de Faria, alem do presidente João Café Filho. Muitos outros ilustres profissionais de nossa atual sociedade, os quais abraçaram as mais diversas profissões, podemos citar Pery Lamartine, Dr. Ivis Bezerra, Diógenes da Cunha Lima, Ivonildo Rego (atual Reitor da UFRN), dentre outros, só para citar apenas alguns e não pecar por omissão de outros, os quais formariam listas intermináveis.

Em relação ao ensino, podemos constatar sua tradição, mas também o Atheneu é conhecido por movimentos estudantis e, principalmente no esporte. Durante os anos 60, especialmente antes e depois do golpe de 64, vários lideres estudantis estudavam no colégio, o qual também tinha um reduto político-estudantil muito forte. Entretanto, alem do ensino, o que mais destacava esta secular “casa do saber” (Atheneu, do grego Athénaíon) era mesmo o esporte, através de suas varias modalidades, defendidas nos jogos estudantis e olimpíadas em datas comemorativas. Nos Jogos Ginásios-colegiais, por exemplo, de 1963, fomos campeões masculino e feminino; em 1964 fomos vice-campeão masculino e campeão feminino; em 1965 e l966, fomos campeões masculino e feminino e, em 1967, fomos campeões masculinos novamente e vice-campeões feminino, conquistando o troféu definitivo.

“Passou, passou, passou um avião
e nele tava escrito o Atheneu é campeão!”

Como bem dizia o refrão da torcida e de seus abnegados e heróicos atletas.
Na verdade, quem estudou no Atheneu, especialmente em seus tempos áureos, sabe muito bem que Atheneu existe apenas um... Portanto, o governo e sociedade devem valorizar mais esse patrimônio histórico que é nosso e continua resistindo ao tempo pelo seu glorioso passado, mas precisa retomar sua chama e prestígio na nossa sociedade e atual juventude. Afinal, o Atheneu foi e é o primeiro colégio publico do Brasil.

ATHENEU EXISTE APENAS UM ! (II)


Atheneu, existe apenas um!(II)
(Publicado no O Jornal de Hoje, em 01/08/2007)

Movido pelo saudosismo e pelas lembranças registradas no artigo passado, visitei o Atheneu essa semana para rever mais uma vez o colégio de perto, percorrer suas dependências e visitar as salas onde, em suas carteiras sentei durante sete anos (ginásio e cientifico) seguidos e aproveitei para pedir um encontro com a pessoa, a qual dizem ser uma das maiores autoridades sobre o histórico, acervo e informações da velha casa do saber (como chamaria os gregos), NALDEMIR SARAIVA DANTAS DE OLIVEIRA. Evidentemente que sabemos de outras pessoas, inclusive acadêmicas e pesquisadoras, que detêm, até os dias de hoje, vasto conhecimentos, trabalhos e pesquisas sobre o Atheneu e sua representação no âmbito educacional e político, não somente do Estado, mas também do país. Entretanto, em termos de documentos, arquivos e acervo, Naldemir é única e atual.

Após o encontro marcado, conversamos por umas duas horas e, antes dos primeiros dez minutos, constatei o que realmente dizem, ela é uma enciclopédia ambulante, um arquivo-vivo sobre o Atheneu. Eu pensei que sabia alguma coisa, mesmo sendo relacionada a minha época, mas logo percebi que nada sabia, perante seu fabuloso conhecimento e dados sobre o colégio mais antigo do Brasil. Mais antigos sim, porque o Atheneu foi fundado em 1834, o colégio Pedro Segundo em 1836 e o Liceu Pernambucano em 1837 (há uma ligeira diferença nessas datas, segundo alguns historiadores).

A paixão de Naldemir pelo Atheneu merece registro, respeito e divulgação, pois foi identidade e amor à primeira vista, disse-me ela, entusiasmada. Tudo começou quando sua tia Maria Celina Saraiva, ainda nos anos 70, então aluna do Colégio, um dia resolveu trazê-la consigo para conhecer o famoso colégio, quando tinha onze anos de idade. A partir desse dia, passou a alimentar o desejo de estudar no Atheneu, fato que aconteceu em 1974, quando se submeteu ao exame de admissão, que por sinal foi aplicado pela ultima vez neste ano, como processo seletivo, neste estabelecimento de ensino. Mas, sua relação com o mais famoso colégio do Estado, apenas começava, pois em 1978, ainda como aluna candidatou-se ao cargo de bibliotecária do Atheneu e, posteriormente, arquivista. Foi quando resolveu estudar tudo o que podia sobre o colégio, juntado a paixão com a realidade de poder então cuidar do acervo, com esmero e orgulho. Acabando assim, de realizar um de seus sonhos e se tornar referência viva do Colégio.

Hoje, Naldemir é psicopedagoga, mas continua parcialmente trabalhando no colégio e diz que continua envaidecida com seu trabalho, o qual faz há mais de duas décadas, inclusive viajando para diferentes lugares e Estados, quando solicitada para palestras e informações sobre o Atheneu. Em seu tempo de aluna, foi rainha de desfile, por três anos, representando o secular colégio, uma posição, na época, disputadíssima por outras alunas, cujos critérios para escolha envolvia disputa, garra e determinação, alem de beleza e desenvoltura.

Como resultado de seus estudos e trabalho, praticamente, organizou o “Memorial do Atheneu”, onde ao longo do tempo, passou a cuidar de seu principal arquivo e acervo. Além de visitas de escolas, colégios e universidades, não só de Natal, como do interior do Estado e também de outras instituições de outros Estados, tem recebido alunos, pesquisadores e estudiosos, que buscam informações na própria fonte.

Foram varias as curiosidades que pude ouvir, à medida que ela me mostrava, arquivos, livros, lista de todos os diretores do colégio, de 1900 até hoje, sem falar no acervo fotográfico, inclusive da construção e inauguração do atual prédio em forma de X, cuja inauguração foi em 1954. Um dos fatos curiosos, dentre muitos, foi ela ter encontrado a ficha do pai de Oscar (mão-santa do Basketball, que juntamente com seu irmão Tadeu Schmidt, repórter esportivo da TV Globo, nasceu em Natal), o militar Osvaldo Schmidt, que concluiu seus estudos, na época da inauguração do atual prédio do Atheneu, em 1954.

Naldemir, além de ser autora do projeto em execução “Sala de Memórias do Atheneu, escreveu um livro sobre o Atheneu (Atheneu Passado e Gloria), onde reúne desde o pioneirismo do mais famoso Colégio do Estado até sua importância histórica, política e educacional. O livro aguarda incentivo, principalmente da SEC, para ser publicado. Certamente, será um dos livros mais completos (já existem outras obras publicadas) sobre este grande e importante colégio que merece o conhecimento e reconhecimento de todos que por eles passaram e de todos que neles estudam, trabalham, ensinam e dirigem.