Atheneu, existe apenas um!(II)
(Publicado no O Jornal de Hoje, em 01/08/2007)
Movido pelo saudosismo e pelas lembranças registradas no artigo passado, visitei o Atheneu essa semana para rever mais uma vez o colégio de perto, percorrer suas dependências e visitar as salas onde, em suas carteiras sentei durante sete anos (ginásio e cientifico) seguidos e aproveitei para pedir um encontro com a pessoa, a qual dizem ser uma das maiores autoridades sobre o histórico, acervo e informações da velha casa do saber (como chamaria os gregos), NALDEMIR SARAIVA DANTAS DE OLIVEIRA. Evidentemente que sabemos de outras pessoas, inclusive acadêmicas e pesquisadoras, que detêm, até os dias de hoje, vasto conhecimentos, trabalhos e pesquisas sobre o Atheneu e sua representação no âmbito educacional e político, não somente do Estado, mas também do país. Entretanto, em termos de documentos, arquivos e acervo, Naldemir é única e atual.
Após o encontro marcado, conversamos por umas duas horas e, antes dos primeiros dez minutos, constatei o que realmente dizem, ela é uma enciclopédia ambulante, um arquivo-vivo sobre o Atheneu. Eu pensei que sabia alguma coisa, mesmo sendo relacionada a minha época, mas logo percebi que nada sabia, perante seu fabuloso conhecimento e dados sobre o colégio mais antigo do Brasil. Mais antigos sim, porque o Atheneu foi fundado em 1834, o colégio Pedro Segundo em 1836 e o Liceu Pernambucano em 1837 (há uma ligeira diferença nessas datas, segundo alguns historiadores).
A paixão de Naldemir pelo Atheneu merece registro, respeito e divulgação, pois foi identidade e amor à primeira vista, disse-me ela, entusiasmada. Tudo começou quando sua tia Maria Celina Saraiva, ainda nos anos 70, então aluna do Colégio, um dia resolveu trazê-la consigo para conhecer o famoso colégio, quando tinha onze anos de idade. A partir desse dia, passou a alimentar o desejo de estudar no Atheneu, fato que aconteceu em 1974, quando se submeteu ao exame de admissão, que por sinal foi aplicado pela ultima vez neste ano, como processo seletivo, neste estabelecimento de ensino. Mas, sua relação com o mais famoso colégio do Estado, apenas começava, pois em 1978, ainda como aluna candidatou-se ao cargo de bibliotecária do Atheneu e, posteriormente, arquivista. Foi quando resolveu estudar tudo o que podia sobre o colégio, juntado a paixão com a realidade de poder então cuidar do acervo, com esmero e orgulho. Acabando assim, de realizar um de seus sonhos e se tornar referência viva do Colégio.
Hoje, Naldemir é psicopedagoga, mas continua parcialmente trabalhando no colégio e diz que continua envaidecida com seu trabalho, o qual faz há mais de duas décadas, inclusive viajando para diferentes lugares e Estados, quando solicitada para palestras e informações sobre o Atheneu. Em seu tempo de aluna, foi rainha de desfile, por três anos, representando o secular colégio, uma posição, na época, disputadíssima por outras alunas, cujos critérios para escolha envolvia disputa, garra e determinação, alem de beleza e desenvoltura.
Como resultado de seus estudos e trabalho, praticamente, organizou o “Memorial do Atheneu”, onde ao longo do tempo, passou a cuidar de seu principal arquivo e acervo. Além de visitas de escolas, colégios e universidades, não só de Natal, como do interior do Estado e também de outras instituições de outros Estados, tem recebido alunos, pesquisadores e estudiosos, que buscam informações na própria fonte.
Foram varias as curiosidades que pude ouvir, à medida que ela me mostrava, arquivos, livros, lista de todos os diretores do colégio, de 1900 até hoje, sem falar no acervo fotográfico, inclusive da construção e inauguração do atual prédio em forma de X, cuja inauguração foi em 1954. Um dos fatos curiosos, dentre muitos, foi ela ter encontrado a ficha do pai de Oscar (mão-santa do Basketball, que juntamente com seu irmão Tadeu Schmidt, repórter esportivo da TV Globo, nasceu em Natal), o militar Osvaldo Schmidt, que concluiu seus estudos, na época da inauguração do atual prédio do Atheneu, em 1954.
Naldemir, além de ser autora do projeto em execução “Sala de Memórias do Atheneu, escreveu um livro sobre o Atheneu (Atheneu Passado e Gloria), onde reúne desde o pioneirismo do mais famoso Colégio do Estado até sua importância histórica, política e educacional. O livro aguarda incentivo, principalmente da SEC, para ser publicado. Certamente, será um dos livros mais completos (já existem outras obras publicadas) sobre este grande e importante colégio que merece o conhecimento e reconhecimento de todos que por eles passaram e de todos que neles estudam, trabalham, ensinam e dirigem.
(Publicado no O Jornal de Hoje, em 01/08/2007)
Movido pelo saudosismo e pelas lembranças registradas no artigo passado, visitei o Atheneu essa semana para rever mais uma vez o colégio de perto, percorrer suas dependências e visitar as salas onde, em suas carteiras sentei durante sete anos (ginásio e cientifico) seguidos e aproveitei para pedir um encontro com a pessoa, a qual dizem ser uma das maiores autoridades sobre o histórico, acervo e informações da velha casa do saber (como chamaria os gregos), NALDEMIR SARAIVA DANTAS DE OLIVEIRA. Evidentemente que sabemos de outras pessoas, inclusive acadêmicas e pesquisadoras, que detêm, até os dias de hoje, vasto conhecimentos, trabalhos e pesquisas sobre o Atheneu e sua representação no âmbito educacional e político, não somente do Estado, mas também do país. Entretanto, em termos de documentos, arquivos e acervo, Naldemir é única e atual.
Após o encontro marcado, conversamos por umas duas horas e, antes dos primeiros dez minutos, constatei o que realmente dizem, ela é uma enciclopédia ambulante, um arquivo-vivo sobre o Atheneu. Eu pensei que sabia alguma coisa, mesmo sendo relacionada a minha época, mas logo percebi que nada sabia, perante seu fabuloso conhecimento e dados sobre o colégio mais antigo do Brasil. Mais antigos sim, porque o Atheneu foi fundado em 1834, o colégio Pedro Segundo em 1836 e o Liceu Pernambucano em 1837 (há uma ligeira diferença nessas datas, segundo alguns historiadores).
A paixão de Naldemir pelo Atheneu merece registro, respeito e divulgação, pois foi identidade e amor à primeira vista, disse-me ela, entusiasmada. Tudo começou quando sua tia Maria Celina Saraiva, ainda nos anos 70, então aluna do Colégio, um dia resolveu trazê-la consigo para conhecer o famoso colégio, quando tinha onze anos de idade. A partir desse dia, passou a alimentar o desejo de estudar no Atheneu, fato que aconteceu em 1974, quando se submeteu ao exame de admissão, que por sinal foi aplicado pela ultima vez neste ano, como processo seletivo, neste estabelecimento de ensino. Mas, sua relação com o mais famoso colégio do Estado, apenas começava, pois em 1978, ainda como aluna candidatou-se ao cargo de bibliotecária do Atheneu e, posteriormente, arquivista. Foi quando resolveu estudar tudo o que podia sobre o colégio, juntado a paixão com a realidade de poder então cuidar do acervo, com esmero e orgulho. Acabando assim, de realizar um de seus sonhos e se tornar referência viva do Colégio.
Hoje, Naldemir é psicopedagoga, mas continua parcialmente trabalhando no colégio e diz que continua envaidecida com seu trabalho, o qual faz há mais de duas décadas, inclusive viajando para diferentes lugares e Estados, quando solicitada para palestras e informações sobre o Atheneu. Em seu tempo de aluna, foi rainha de desfile, por três anos, representando o secular colégio, uma posição, na época, disputadíssima por outras alunas, cujos critérios para escolha envolvia disputa, garra e determinação, alem de beleza e desenvoltura.
Como resultado de seus estudos e trabalho, praticamente, organizou o “Memorial do Atheneu”, onde ao longo do tempo, passou a cuidar de seu principal arquivo e acervo. Além de visitas de escolas, colégios e universidades, não só de Natal, como do interior do Estado e também de outras instituições de outros Estados, tem recebido alunos, pesquisadores e estudiosos, que buscam informações na própria fonte.
Foram varias as curiosidades que pude ouvir, à medida que ela me mostrava, arquivos, livros, lista de todos os diretores do colégio, de 1900 até hoje, sem falar no acervo fotográfico, inclusive da construção e inauguração do atual prédio em forma de X, cuja inauguração foi em 1954. Um dos fatos curiosos, dentre muitos, foi ela ter encontrado a ficha do pai de Oscar (mão-santa do Basketball, que juntamente com seu irmão Tadeu Schmidt, repórter esportivo da TV Globo, nasceu em Natal), o militar Osvaldo Schmidt, que concluiu seus estudos, na época da inauguração do atual prédio do Atheneu, em 1954.
Naldemir, além de ser autora do projeto em execução “Sala de Memórias do Atheneu, escreveu um livro sobre o Atheneu (Atheneu Passado e Gloria), onde reúne desde o pioneirismo do mais famoso Colégio do Estado até sua importância histórica, política e educacional. O livro aguarda incentivo, principalmente da SEC, para ser publicado. Certamente, será um dos livros mais completos (já existem outras obras publicadas) sobre este grande e importante colégio que merece o conhecimento e reconhecimento de todos que por eles passaram e de todos que neles estudam, trabalham, ensinam e dirigem.
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